Análise: Sucker Punch

Quando eu era moleque (e não devo ser o único que já ouviu essa história), alguém, alguma vez me falou que, para jogar queimada e desviar das boladas, era só imaginar alguma música na sua cabeça e começar a dançar ritmado que isso ajudava a fugir dos projéteis. Eu não fazia isso porque acho uma ideia meio imbecil – ou talvez fizesse, é um mistério -, mas queria começar esse texto com essa colocação, já que Sucker Punch faz isso, mas de uma maneira mais extrema.

Sucker Punch (com o subtítulo “Mundo Surreal no Brasil e em Portugal) é um trabalho autoral do Zack Snyder, o diretor por trás de 300, Watchmen e Man of Steel. Ou seja, ele é o escritor, diretor e produtor da obra inteira. A história começa com uma garota chamada Babydoll (sim, os nomes dos personagens são todos estranhos mesmo) cuja mãe e a irmã morreram e que o padrasto malandro, revoltado por não ter conseguido a herança da esposa, a leva para um sanatório. Lá, acontece um diálogo duvidoso sobre o padrasto estar pagando um enfermeiro do sanatório para dar um jeito na garota. Em seguida, após alguns flashes da vida da moça no local, ela segue em direção à uma sala, pronta para ser lobotomizada, quando o cenário muda.

Agora estamos num cabaré e dá-se a entender que a cena do sanatório e toda a história contada é apenas um ensaio de uma peça de teatro, um enredo xarope para excitar os convidados do local. Na sequência, Babydoll aparece sendo vendida por um padre dono de um orfanato ao diretor do cabaré. Lá, a mocinha conhece outras garotas fadadas ao mesmo destino de prostituta/stripper/dançarina erótica que ela. Sweet Pea, a estrela da casa e Rocket, sua irmã, Blondie e Amber acabam se tornando suas colegas. Em seguida há uma sequência onde aparecem as garotas ensaiando passos de dança e Babydoll é obrigada a mostrar alguma coisa. Ela fecha os olhos vai começar a dançar, quando o cenário muda.

Babydoll aparece diante de um templo japonês antigo. Ela entra e se depara com um senhor de idade. O velho pergunta o que a mocinha quer e ela responde que está atrás de uma saída. O mentor, então, entrega uma Katana e revólveres à garota, além de explicar que em sua jornada para a conquista da liberdade vai precisar de cinco itens: “Um mapa”, “Fogo”, “uma faca” e a “chave”. O último é um mistério e ela precisa descobrir por si própria, como de praxe. Em seguida, rola uma sequência de briga bacanuda contra samurais robôs gigantes e, ao fim, o cenário muda.

Estamos de volta ao cabaré, com todas as moças e funcionários do local batendo palmas. Aparentemente, ela já tinha dançado de forma encantadora, a julgar por toda a comoção e emoção das pessoas que a assistiram. Dá para sacar que a cena da treta foi fruto da imaginação dela. Uma válvula de escape, assim como a história da queimada com que comecei o texto. Nesse instante, eu, pessoalmente, deduzi que aquele início dramático do sanatório se enquadrava nessa questão e não passava da imaginação de Babydoll. Na sequência, a moça e suas amigas planejam a fugir e o plano da Babydoll envolve a utilização do mapa do cabaré, fogo, uma faca e a chave-mestra do local. Para obtê-los, outros planos menores são colocados em prática e todos envolvem distrair todos à sua volta enquanto as garotas se arriscam para roubar os objetos. Assim, na tentativa de roubar o mapa, Babydoll começa a dançar, enquanto Sweet Pea se infiltra no escritório do dono do puteiro em questão para roubar o mapa, quando o cenário muda.

A ambientação é a primeira guerra mundial com tenologia Steampunk. Hora de uma cena de ação bem marota, com direito a robôs nazistas, a aparição do mestre mentor como o general das moças e um moleque malandro e aleatório que só aparece no começo da sequência. Depois de muito quebra-pau, as garotas conseguem roubar o mapa. E o cenário muda.

De volta ao cabaré, com uma vitória parcial das putinhas. Contudo, o chefe do bordel, o cafetão Blue Jones (que eu não sei se foi ou não consciente, mas emula o visual do Prince) começa a desconfiar.  Em seguida, as moças descobrem que o prefeito vai fazer uma visita às cocotinhas. Ele fuma charutos. Você precisa de isqueiro para acender os charutos. Fogo. O próximo passo do plano já estava decidido. Uma das vadias vai roubar o isqueiro do prefeito enquanto a Babydoll dança e o distrai. Depois de uma introdução bacanuda do prefeito (que se parece com o Pinguim do Bátema), Babydoll é sobe no palco e começa a dançar, quando o cenário muda.

A fantasia da vez é uma idade média tecnológica e a missão que o velho mestre-general-mentor dá às garotas é roubar o fogo de um filhote de dragão. Claro que, apesar de serem avisadas para não acordar a mãe do calango, isso acaba acontecendo e vem mais uma tomada maneira, além de uma cena de bombardeio  no castelo medieval. Com a espada cravada na cabeça da dragoa, o cenário muda.

No puteiro, a Amber tem sucesso ao roubar o isqueiro do político gordão. Enquanto a mulherada comemora, o cafetão catatau (ele é baixinho mesmo, mais um motivo para ser comparado com o Prince), aparece dando um esporro e ameaçando qualquer uma que tente fugir. As moças desistem do plano e Blondie até acaba caguetando o plano dazamiga. Depois de uma conversa rápida na cozinha, elas percebem que naquela altura do campeonato não podiam pular fora do barco e vão, na hora, tentar roubar a faca do porco-cozinheiro. Elas ligam o rádio, Babydoll sobe na mesa e começa a dançar. É nessa parte em que o cenário muda.

Agora é uma cena de ação num trem e jetpacks. Um dos objetivos descritos pelo velho mestre é programar uma bomba que está no veículo em questão e, logo depois, fugir com os jetpacks. Depois de dar uma surra em vários robôs, as bravas soldadas chegam à ogiva, quando o cenário muda.

A cozinha estava molhada e o fio desencapado rádio entrou em contato com a água, causando um curto-circuito. Nessa brincadeira, o cozinheiro gordão sai de seu transe, percebe que está sendo roubado e Rocket acaba sendo morta. O cenário muda.

Retornamos para o trem. Na fantasia, Rocket acaba se sacrificando porque seu jetpack não funcionava. Sem poder fugir, a moça acaba explodindo junto com a bomba e o cenário muda.

Pelo menos, as moças conseguiram roubar a faca. O cafetão irrompe furioso, mandando prender Sweet Pea numa sala para que aprendesse a lição. Eventualmente, durante a preparação do grande evento onde Babydoll seria entregue a um homem chamado de “High Roller”, o diretor aparece novamente perguntando quem é que estava tentando dar no pé de seu estabelecimento.  Ele sabia quem era porque a Blondie foi a maior dedo-duro, mas a Amber também acaba abrindo a boca e ele senta a bala nas duas. Em seguida, ele próprio tenta consumir Babydoll, mas ela consegue pegar a faca roubada e a estoca com força em seu (quase) estuprador. A menina consegue fugir e vai libertar Sweet Pea. Agora, só restam as duas.

O plano é atear fogo no local e ativar o alarme de incêndio, que faz com que todas as portas sejam automaticamente abertas. Em seguida, usam o mapa para percorrer a construção até conseguirem escapar. Ao chegarem no estacionamento, percebem que não vão conseguir completar seu objetivo. Havia muitas pessoas transitando no local. Babydoll então percebe, numa sequência de monólogo/diálogo meio forçado, que a “quinta coisa” descrita pelo mestre velho era na verdade ela. Descobre também que Sweet Pea é a única que poderia escapar de lá. Assim, Babydoll decide chamar atenção dos caras que estavam no estacionamento, enquanto Sweet Pea usaria a chave-mestra para fugir. A brava Babydoll se aproxima, chuta as bolas de um deles, mas recebe um murro na cara. Em seguida, o cenário muda.

De volta ao sanatório. Babydoll tinha acabado de ser lobotomizada. O doutor que realizou o procedimento é justamente o tão esperado High Roller da linha de enredo do cabaré. Em seguida, a Doutora Vera Gorski (que também era uma espécie de puta velha e conselheira das mocinhas na zona) entra na sala e, depois de comentar alguns problemas que agora a mocinha-vegetal tinha causado – todos eles aludiam aos acontecimentos do cabaré, incluindo a facada no cafetão, que no sanatório era enfermeiro do local e que ela também tinha ajudado uma paciente a fugir de lá – perguntou o motivo de o doutor ter feito isso. Ele explica que foi justamente por recomendação dela e mostra uma assinatura, falsificada. A doutora, então, percebe de que isto é obra do diretor esfaqueado e tarado (ele tenta abusar até da Babydoll-vegetal) e chama a polícia para prendê-lo.

Por fim, Sweet Pea aparece caminhando numa rodoviária, livre do sanatório. Quando está prestes a entrar num ônibus, encontra um garoto (com o qual já havia encontrado na primeira fantasia, a da Primeira Guerra) e logo depois, é abordada por policiais. Quando ela começa a ser questionada pelos homens da lei, o condutor aparece para defendê-la. Tal motorista é ninguém mais, ninguém menos, do que o general-mestre-velho-mentor de todas as fantasias cheias de ação que preencheram aproximadamente metade do filme. Os policiais acabam liberando a moça, o velho acaba deixando-a viajar sem pagar passagem e presenciamos uma cena da heróina enquanto ela reflete na janela do busão (que nem todo mundo faz às seis horas da tarde, quando está voltando pra casa depois do trampo), dando uma lição de moral gratuita ao espectador sobre lutar pelos seus objetivos e ter esperança até o fim e coisa do gênero.

Agora, Sucker Punch é um enredo não-linear e, por isso, pode ser montado e interpretado de várias maneiras. Algumas delas podem até envolver a morte de Sweet Pea em algum momento e que o motorista do ônibus é na verdade um anjo ou deus a levando para o céu, igual àquela teoria tosca que colocam sobre “Um Maluco No Pedaço”. Vejo como a maior fanficagem, embora tal teoria até faça sentido porque diversas vezes a questão do “paraíso” é citada ao longo do filme. Contudo, eu não sou tão radical.

Enfim, Sweet Pea é a verdadeira protagonista de toda a história. Com a chegada de Babydoll, ela encontra alguém tão maluca quanto ela (é um sanatório) e deposita suas esperanças de fuga (perdidas) na mocinha. Então, Babydoll, para deixar tudo mais interessante, cria uma ilusão para si e transforma o sanatório no puteiro. A Babydoll do puteiro, por sua vez, faz o mesmo e, tentando escapar de lá, cria várias realidades e enredos paralelos que reforçariam ainda mais a imersão nessa ilusão.

Contudo, é possível também que até mesmo as fantasias de Babydoll sejam fantasias de Sweet Pea. Seguindo a lógica, todos os personagens das fantasias também existem na realidade do sanatório. Babydoll não teria conhecido nem o garoto entrando no ônibus, nem o velho motorista que serviu de mentor nos devaneios. Tal imaginação pode ser diagnosticada como algum tipo de esquizofrenia ou autismo. Só porque o enfermeiro era corrupto, não significa que todos os internos não sejam “loucos”.

Aliás, tal questão da insanidade também entra em pauta (por isso as aspas). O que é loucura, senão uma válvula de escape para a sociedade categorizar aqueles que nela não se encaixam? Salvador Dalí era muitas vezes taxado assim e uma de suas frases, inclusive, é “A única diferença entre um louco e eu é que eu não sou louco”. Dalí, por sua vez, era um artista do Surrealismo. Tal vanguarda trabalhava justamente com a questão do onírico, ou seja, dos sonhos. O material surrealista é justamente a expressão do subconsciente, dos sonhos, da imaginação. Sucker Punch trabalha com isso, tanto que o subtítulo do filme (nos países lusófonos) foi inteligentemente colocado como “Mundo Surreal”.

O título, aliás, descreve boa parte do filme. Sucker Punch é uma expressão gringa para um tipo de soco surpresa, sem chance de defesa e extremamente momentâneo, muitas vezes na barriga, daqueles em que você precisa de algum tempo para se recuperar. Outra definição que encontrei é um soco em que a vítima só nota depois de algum tempo.

Ambas as definições são válidas. A primeira trabalha com a questão dos acontecimentos bruscos, como as mortes de Rocket, Blondie e Amber. O mesmo vale para a sequência do cozinheiro, quando o rádio decide parar de funcionar. São tomadas rápidas e acontecimentos relativamente bruscos – o que é irônico, já que o Snyder tem uma mania chata de exagerar em sequências de câmera lenta.  A segunda definição é justamente porque você vê aquele começo e logo o descarta como mais uma cena da fantasia, quando, na verdade, é justamente aquela a verdadeira realidade. Você tomou o soco no começo, mas só percebeu no final.

Creio que aqui chegamos ao clímax do texto, uma vez que eu vou entrar no ponto chave da discussão. Sucker Punch é um dos filmes recentes mais injustiçados que existem. Tanto a crítica quanto o público reprovaram o filme de maneira maciça. E eu realmente não entendo o motivo. Compreendo e concordo que não é um filme perfeito, mas até agora, assim como Killer is Dead, eu só vejo choro e mais choro nos argumentos que o negativam.

A comparação com Killer is Dead não é por acaso. Tanto Sucker Punch quanto Killer is Dead foram acusados de machismo e misoginia exacerbados. As críticas colocam que as moças são retratadas sempre de forma sensual e como objetos sexuais dos frequentadores do puteiro em questão. Eu sinceramente não consigo compreender. Acho que a retratação é justamente a de um puteiro. Até onde me consta, não é o local de trabalho mais familiar e politicamente correto que se tem por aí. Não que eu pessoalmente seja a favor desse tipo de coisa (eu tenho lá a minha integridade), mas eu acho que chorar por isso é bobeira. E perceba que eu usei infinitas palavras consideradas pejorativas ao longo do texto (entre elas, “puteiro”, “putas”, “vadias”, “cocotas” e a lista segue) só para fazer birra mesmo, porque é assim que elas são tratadas no filme. E acabou. Faltou reflexão das personagens sobre a profissão em questão? Novidade: elas são putas e estão tentando escapar. Não há tempo para esse tipo de coisa. Tanto que as filosofias da moral do filme foram só no final, quando Sweet Pea já estava sem nenhuma preocupação. E tem que levar em consideração que no final elas ganham. Mulheres no poder e blá blá blá. (só zoando um pouco a tão exagerada imprensa porque se a mulher perde é misoginia, se a mulher ganha, tem mensagem feminista lá, tipo Matrix).

No fim, acabou sendo o mesmo problema que Tarantino encontrou em Django Livre e a utilização em excesso da palavra “crioulo”. Olha, naquela época, afrodescendente é que não vão usar. E o bizarro é que se você é politicamente correto, criticam que a sua obra não está verossímil. Se você tenta ser verossímil, criticam que não está sendo politicamente correto. Enfim, não é possível ser os dois, muito porque o mundo NÃO É politicamente correto.

O argumento agora é meio batido e eu simplesmente o odeio, mas me refiro ao “não gostou porque não entendeu”. Eu odeio isso. Simplesmente odeio. Mas de quê adianta se a carapuça acaba servindo? Isto é, não entendem Sucker Punch. Para quem não consegue montar o enredo não-linear de forma que pareça coerente, o filme não passa de um apunhado de cenas de ação sem sentido. E, citando a mim mesmo, na análise de Killer is Dead, complemento que Sucker Punch é grande. E que “tal grandiosidade só é compreendida por quem tem a mente aberta o suficiente para compreender e deixar de lado os problemas éticos e morais relacionados ao gênero, de vez em quando. Aliás, não só isso, mas esses ideais bobos deviam parar de influenciar na degustação do produto em si para começarem a realmente analisá-lo como ele é por si próprio (refiro-me à crítica americana que até hoje não consegue ver prédios caindo)”.

Já disse anteriormente, mas vou repetir aqui. Não estou dizendo que o filme é perfeito. Ele tem sim alguns defeitos. Os momentos em que o roteiro explica os acontecimentos de forma mastigada soam bem bregas, como quando a Babydoll percebe que ela teria que se sacrificar para que Sweet Pea escapasse e coisa do gênero. O Snyder também tem problema com as cores. Por que nenhum filme dele pode ter as cores exatamente como são? Precisa mesmo colocar a porra de um filtro em todo o santo filme que faz? As cenas de ação também poderiam ser um pouco mais curtas. Eu gosto delas e gosto de ação, mas é problema do Snyder isso já também. Ele tem mania de fazer cenas demasiadamente compridas. Mas ele também já fez pior: é só lembrar da cena de sexo entre o Coruja e a Espectral em Watchmen.  Falando em erros recorrentes, se tivessem exagerado menos na porcaria do slowmotion, poderíamos ter ganhado mais uns bons dez minutos de filme, sem exagero. Sucker Punch chutou o balde nesse aspecto. Sorte que ele aprendeu e Man of Steel não tem quase nenhuma. Por fim, o último problema que quero ressaltar é, em especial, a utilização da câmera nervosa. É, ela me dá nos nervos. Aquilo não tem necessidade. Quando realmente é necessária, acaba perdendo o efeito desejado que tal técnica concede. Em cenas mais calmas, irrita, porque dificulta a concentração.

Agora, não é bem um defeito, mas eu julgo que faltou algum nome de peso no filme. Apesar de serem bons atores, de uma maneira geral, um nome de peso faltou para compor o elenco. Vanessa Hudgens é o máximo de popular. E é porque por Highschool Musical ainda. Scott Glenn interpreta o velho mentor. Mas também, só porque é velho e veterano não significa que seja um astro (e não significa também que seja sem talento, longe disso, o cara manda muito). Não é realmente um defeito, é mais um incômodo pessoal. Por outro lado, tal elenco underground (argh) deixa o filme com uma cara mais (argh) cult.

A trilha sonora é impecável. A única música que eu realmente abdicaria é um  mash-up de “We Will Rock You” com um rap genérico, mas a cena do filme em que ela aparece é tão foda que acabo concedendo. Quero dar destaque também ao cover de “Sweet Dreams (Are Made of This)”, cantado pela atriz que interpreta a própria Babydoll e ficou no tom certo para o filme. A música dos créditos – um cover de “Love is the Drug”, do Roxy Music – também merece ser citada porque me lembra Prince. É o próprio personagem cafetão que emula o Prince que a canta. E ele dança igual ao Prince no clipe. Aí é foda.

Quero ressaltar também que alguns efeitos especiais se parecem com um jogo de Playstation 3, mas são competentes e como as cenas são rápidas, dá para relevar na maioria das vezes.

Em resumo, Sucker Punch é um filme mal compreendido e injustiçado do Snydeus (sem zoeira aqui). Não é perfeito, mas é infinitamente melhor do que “A Origem”, aquela bosta entediante do Christopher Dolan e utilizada como parâmetro de comparação porque segue a mesma temática. Sucker Punch contém falhas sim, mas é um bom filme de fantasia que ama ser um filme de fantasia. É simplesmente uma pena que tenha sido tão rechaçado sem causa, mesmo com tanto material bom. E é uma ironia genial, porque a Sweet Pea, depois do teatrinho do sanatório, acaba colocando: “Isso é uma piada, certo? Diga-me qual é a razão disso. É para deixar as pessoas excitadas? Eu posso fazer uma colegial sexy. Eu posso até fazer uma doente mental indecisa. Isso até pode ser sexy. Mas o que estou fazendo? Lobotomizados em estado vegetativo? Que tal fazer alguma coisa mais… Comercial?”.


Informações

  • Obra Original
  • Duração:110 Min.
  • Ano:2011
  • Direção: Zack Snyder
  • Roteiro: Zack Snyder e Steve Shibuya
  • Trilha Sonora: Marius de Vries e Tyler Bates
  • País: Estados Unidos
  • Gênero: Fantasia
  • Estrelando: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Jamie Chung, Vanessa Hudgens, Oscar Isaac, Carla Gugino, Scort Glenn

Notas:
[1] Enquanto buscava as imagens para a postagem, achei um texto muito interessante que trabalha justamente a questão da misognia no filme, alegando que ela não existe e que ele na verdade é um filme que trabalha em prol da questão da mulher.

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2 comentários sobre “Análise: Sucker Punch

  1. Concordo com a sua critica Creisson. Não deixa de ser verdade que a crítica colocou muito defeito defeito onde não tinha e acabou desmerecendo o filme. Realmente achei as viagens de ilusões geniais, assim como todo o contexto subentendido do filme. O roteiro foi muito bem trabalhado, isso não tem o porque ser negado.

    E tipo, desde o começo do filme eu sabia que a cena do sanatório era a realidade e o puteiro era criação da mente dela. Assim, com as cenas de luta, essas eram alucinações dentro da alucinação. Eu consegui pegar essa sequencia direito enquanto assistia.

    E por ultimo, a crítica me dá um desgosto danado… Não consigo encontrar uma a qual faça o trabalho direito. Não dá mais para confiar uma resenha de filme, jogo, o que seja, nela. Não sei se é porque os caras estão se vendendo ou se é porque são extremamente ruins, mas a coisa anda feia :/

    1. Eu cheguei a pegar o sanatório como sendo real no começo também, mas por causa das outras fantasias e pelo cabaré ser o que mais tomava tempo de dela, acabei descartando como o real durante o desenrolar do resto da trama para depois, no final ver que a ordem era aquela inicial mesmo.

      E sobre o último parágrafo sobre críticas que não prestam, sempre existirão as minhas 😀

      Mas é uma ironia. A confiabilidade das minhas é igual às outras.

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